Engenheiro Dieter Herweg, da Themag Engenharia, aborda custo-benefício de túnel entre Santos e Guarujá (SP).
A tão sonhada ligação entre Santos e Guarujá deve ser projetada como obra definitiva, capaz de beneficiar gerações ao longo de muitos anos. Os custos devem, portanto, ser contabilizados não somente pelo custo da obra hoje. O cálculo deve envolver custos e benefícios contabilizados ao longo de toda a vida útil da obra. Levando isso em conta, o túnel seguramente é a melhor alternativa, acredita o engenheiro Dieter Herweg, da Themag Engenharia. Responsável técnico pelos projetos básico e executivo do Túnel Imerso Santos-Guarujá, ele concedeu entrevista à jornalista Márcia Costa, publicada no site Portogente, no último dia 12 de maio.
Para Herweg, a solução ponte pode inviabilizar a navegação e o tráfego aéreo, degradar a paisagem urbana e tornar a travessia mais longa e cara. “Com a ponte, os usuários rodarão milhares de quilômetros de travessia a mais ao longo do tempo, já que ela tem 4,5 km e o túnel tem 1,5 km de extensão”, lembra o engenheiro. “Isso porque as rampas da ponte precisam começar bem antes da travessia sobre o canal propriamente dito. Considerando 40 mil viagens por dia tem-se, ao longo de apenas um ano, 43.800.000 a mais de quilômetros rodados pela ponte”.
O especialista explica que o túnel na Baixada Santista representa uma opção bem superior em termos de custo-benefício. Ele aponta as principais razões. O túnel resolve o problema do tráfego, diminui a distância entre as duas margens do Porto de Santos, reduz os gastos com combustível para cobrir a distância de acesso à ponte e deixa desimpedidos o espaço aéreo e o marítimo.
Confira a entrevista na íntegra acessando aqui: https://portogente.com.br/cais-das-letras/112039-um-tunel-para-o-porto-de-santos-sonho-possivel
Imagem: jamesteohart/iStock.com