Em entrevista, o ex-presidente do CBT falou sobre os benefícios ambientais, sociais e econômicos da ligação Santos-Guarujá em Túnel.
Entrevistado por Marcia Costa para o site Portogente, o engenheiro Tarcísio Barreto Celestino considera que a escolha da alternativa mais adequada para a travessia Santos-Guarujá deve ser feita através de estudo comparativo completo entre as possíveis alternativas de solução.
Ex-presidente do Comitê Brasileiro de Túneis (CBT) e da Associação Internacional de Túneis e do Espaço Subterrâneo, Tarcísio participou ativamente do projeto de um túnel imerso entre a região de Outeirinhos e Vicente de Carvalho, na Baixada Santista. Ele dá detalhes de como aconteceu esse processo:
— O Governo do Estado havia contratado o projeto básico de uma ponte. Uma audiência pública na Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Santos em 2010, da qual participaram muitos políticos da Baixada e grande número de profissionais de Engenharia, concluiu por um pedido ao Governo do Estado para levar a solução túnel ao mesmo nível de detalhe da solução ponte. O Governo do Estado contratou uma análise viabilidade que concluiu em favor do túnel. Em seguida os projetos básico e executivo do túnel foram realizados.
Para a travessia noutro local, na Ilha de Barnabé, a concessionária Ecovias está inclinada a apoiar o projeto de uma ponte, mesmo sem os estudos que comprovem efetivamente que esta é a melhor alternativa para a região, disse Tarcísio Celestino ao Porto Gente. “Não aceito, como engenheiro e cidadão, que digam que a ponte é a melhor solução sem que façam um estudo completo”.
Como presidente da ITA, Tarcísio Celestino acompanhou na Dinamarca o início do projeto de um túnel de 18 quilômetros imerso no mar Báltico, cujo início de obras ganhou grande repercussão nas últimas semanas. O engenheiro lembra que se trata de obra complexa em função das características da região. O túnel imerso Santos-Guarujá seria uma obra muito mais simples.
Outro exemplo citado por Tarcísio é o túnel imerso sob o estreito de Bósforo, na Turquia, que sofre as correntes do mar Negro e o Mediterrâneo e que, a despeito dessas condições desfavoráveis, foi a solução escolhida pelo país como sendo a mais adequada.
“É hora de oxigenar o Porto de Santos”, afirmou Tarcísio Celestino.
Confira a entrevista na íntegra acessando aqui: https://portogente.com.br/cais-das-letras/112089-engenheiro-destaca-vantagens-tecnicas-e-ambientais-de-tunel-na-ligacao-seca-entre-santos-e-guaruja
(Imagem: Vista aérea da região portuária de Santos, SP. Foto por Cristiano Babini/iStock.com)