Com o anteprojeto de engenharia pronto e verba liberada para sua construção, o antigo sonho dos túneis entre Santos e São Vicente está mais perto da realidade.
Os próximos passos, agora, são a conclusão dos estudos de impactos ambiental e de vizinhança (desapropriação), para, ano que vem, estar com o projeto pronto e abrir as audiências públicas e a licitação.
Previsto no plano de gestão do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), o projeto está sendo acompanhado pela arquiteta Débora Blanco, que responde pela diretoria do escritório de gestão de projetos, que funciona dentro do gabinete do prefeito.
Além dos túneis, dentro de 15 dias, a Prefeitura de Santos também deve ter em mãos o anteprojeto das intervenções para a criação de corredores de ônibus entre a Cidade e São Vicente.
O orçamento para ambas as obras é de R$ 456,3 milhões, autorizados pelo Governo Federal em 13 de junho de 2014. Do total, R$ 228 milhões virão do fundo perdido da União e o restante, será financiado, sendo metade da Prefeitura e, a outra parte, do governo estadual.
“Por enquanto, temos estudos preliminares do impacto ambiental das obras dos túneis. Estamos correndo muito para cumprir toda a legislação, conversando com os órgãos ambientais e de licenciamento, o Ministério Público e os conselhos e concluirmos os estudos”, explica a arquiteta.
Cada um dos dois túneis terá 1,3 quilômetros de comprimento, ligando o Marapé e a Zona Noroeste, e prevê duas faixas de rolamento de 3,5 metros de largura, em cada sentido (sendo uma preferencial para ônibus), ciclovia e passagem de pedestres.
Desapropriações
Desde o primeiro projeto básico dos túneis, de 2013, muita coisa mudou em relação às intervenções previstas nos terrenos e casas vizinhas das embocaduras dos túneis – de frente para a Rua Dom Duarte Leopoldo e Silva, na Marapé, e ao lado do Conjunto Habitacional dos Estivadores, no bairro São Jorge, perto da pisa com São Vicente.
“Nos estudos iniciais, o projeto previa uma maior desapropriação. E esse número, hoje, diminuiu sensivelmente. Haverá desapropriação apenas na embocaduras dos túneis. Não mexeremos na área urbana de Santos”, disse Débora, sem revelar números.
FONTE: A TRIBUNA – veja notícia original aqui