No dia 20/3, o Grupo de Jovens do CBT (CBT Young Members) promoveu a primeira visita técnica do ano para o supertúnel Iti-7 da Sabesp, localizado na Marginal Tietê, em São Paulo (SP). As visitas aconteceram em dois horários, às 8h30 e às 14h.
Projeto Tietê
A obra utiliza diferentes metodologias, com destaque para a Microtunneling Boring Machine (MTBM) – uma máquina de escavação de Microtúneis para cravação de tubos, adequada às condições geológicas esperadas. “Alguns locais apresentavam dificuldade de acesso para os engenheiros por seu pequeno espaço, mas com a tecnologia usada nas novas máquinas, os profissionais não precisam engatinhar e ficar à frente dela por exemplo, eles podem ficar mais afastados”, explica o engenheiro Guilherme Gianotti. “Além disso foram construídos pequenos poços verticais para retirar o material e mandar diretamente para baixo”.
O Projeto Tietê – maior programa de saneamento ambiental do Brasil e maior campanha ambiental da América Latina – consiste na despoluição do Rio Tietê, que por várias vezes é criticado pelo seu mau cheiro devido ao excesso de lixo mas que, em boa parte da história, trouxe desenvolvimento para a cidade de São Paulo. O Consórcio Iti-7 é responsável por construir 15 km de túneis para a despoluição do rio. A obra teve início em meados de 2016 e 2017, com a estimativa de tratar o esgoto de 740 mil famílias até o final de 2019. A mancha de poluição era de 500 km. O rio foi atestado como morto. No último levantamento, no entanto, a mancha diminuiu para 120 km. O reflexo da obra só poderá ser visto daqui alguns anos, ela está em atividade e está prevista para finalizar este ano.
Visita técnica
Além de conhecer a obra, o grupo de jovens, liderado pelo CBT Young Members, pôde conhecer um pouco mais sobre a história do saneamento básico e a influência do Projeto Tietê na vida dos moradores das cidades por onde passa o rio.
O geólogo Bruno Rodrigues Leite elogiou a inciativa do CBT de levar os jovens para fazer a visita técnica “O pessoal mais novo, que está na faculdade, não tem noção de como é uma obra. Estudamos e vemos trabalhos mais acadêmicos, porém a prática fica um pouco a desejar. A faculdade não tem como suprir isso e muitas empresas não têm condição de colocar estagiários ou abrir espaço para visitação. Então é muito interessante que o CBT dê esta oportunidade aos jovens”
Um dos visitantes, o engenheiro Guilherme Gianotti de Andrade, contou que em muitos casos, “para os novos engenheiros que estão em cidades afastadas, como antes eu estava, achamos que estamos sozinhos querendo ir atrás de obras grandes como esta, mas a realidade é que existe um grupo de jovens querendo aprender cada vez mais, querendo entrar no mercado de trabalho”.
“Profissionalmente, é um projeto muito bacana, principalmente pelas técnicas utilizadas. Estar envolvido e saber que fiz parte de um projeto que está deixando a condição de vida das pessoas melhor é muito gratificante”, afirma o Bruno.
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