O Comitê Brasileiro de Túneis participará da 11ª edição do Concrete Show, que acontece entre os dias 23 e 25 de agosto de 2017 no Centro de Exposições São Paulo. No dia 25 de agosto, das 08h às 12h, o CBT, em parceria com o Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), organiza o Seminário: Soluções integradas de Impermeabilização – Estudo de Caso, que busca esclarecer aspectos do projeto de impermeabilização, demonstrar e detalhar soluções de impermeabilização e apresentar estudos de caso com aplicações.
Igor Maria Zotti, diretor executivo da Soprema Brasil, empresa especializada na produção de materiais de impermeabilização, é um dos palestrantes convidados para falar sobre A impermeabilização do Túnel Nueva Gambetta, Callao no Peru, juntamente com Nicolau Giovanetti, engenheiro e sócio-diretor da Pires Giovanetti Guardia (PGG), que tem como principal produto a impermeabilização e recuperação de obras de infraestrutura através de injeções químicas e aplicação de membranas pré-moldadas e projetadas.
O túnel viário Nueva Gambetta começou a ser construído em 2015 e a obra foi concluída no ano de 2016. Tem a extensão de aproximadamente um quilometro. Segundo Igor Zotti, a área de impermeabilização do túnel foi de 300 mil metros quadrados.
O engenheiro Igor Zotti vai apresentar, no seminário, o sistema de impermeabilização para túneis como o que foi usado no Nueva Gabetta, mostrando alguma das dificuldades da obra e vantagens dos sistemas utilizados. “Uma das dificuldades foi que a obra está sob o nível do lençol freático e com isso tivemos que garantir a possibilidade de realização de reparos, em caso de vazamentos de água”, contou o palestrante. “Por isso foi usado um sistema de injeção que, em caso de vazamento de água, libera uma resina especial para saturar os compartimentos delimitados”.
Outro tema que vai ser debatido é a questão do material usado para a impermeabilização da obra. No caso do túnel de Nueva Gambetta foi o PVC, considerado por Igor o melhor material de construção para esta função. “A vida útil de uma obra subterrânea indiscutivelmente deve ser medida em décadas, muitas vezes a expectativa é cerca de 100 anos. O PVC tem vida útil compatível com a da obra, por isso é o melhor material”, afirmou.
Nicolau Giovanetti será o responsável por apresentar soluções integradas de impermeabilização na obra, com conceitos operacionais da aplicação. O engenheiro comentou que a impermeabilização do túnel Nueva Gambetta é em Cut and Cover, método usado em construções de estruturas subterrâneas, e ficará submerso. “O interessante é que essa obra tem características construtivas que nunca foram praticadas no Brasil”, ressaltou. Para Nicolau Giovanetti, a palestra e a obra podem ampliar os conhecimentos de aplicação de membranas impermeáveis em túneis, além de estimular o uso da tecnologia em obras. “Acredito que o mais importante de abordar esse assunto nesse evento é a valorização do conhecimento tecnológico necessário para desenvolver novos projetos”, concluiu o palestrante.
O Seminário: Soluções integradas de Impermeabilização – Estudo de Caso continua com Leonardo Tomio Katayama, engenheiro da construtora Andrade Gutierrez e Marco Aurélio Peixoto, que foi coordenador de Projetos e Engenharia para o Consórcio AG-CCCC para a Linha 5 – Lilás do Metrô de São Paulo e hoje atua dando suporte à implantação das obras em andamento na Andrade Gutierrez. Os palestrantes vão falar sobre a Fabricação de Anel Pré-moldado para os Túneis de Via em Shield da Linha 5 do Metrô de São Paulo.
Os representantes da Andrade Gutierrez vão apresentar os detalhes da qualidade e do processo de fabricação aplicados em obras como a Linha 5 do Metrô. “O diferencial da fabricação de peças pré-moldadas que utilizamos na obra da Linha 5 do Metrô de São Paulo foi a tecnologia dos equipamentos. Além de materiais empregados juntamente com o “sistema carrossel” aliado a um processo de cura térmica que nos proporcionou alta eficiência da produção”, comentou Leonardo Katayama.
“Acredito que esta obra mostrou à comunidade especializada que mesmo em escavações mecanizadas existem desafios próprios, muito distintos daqueles já habituais das escavações convencionais”, completou.